terça-feira, 18 de junho de 2013

O amor, o marido, o amigo e já vizinho



 Duas pessoas se conhecem se apaixonam e passam ao estado da saudade, da paixão, da falta de ar quando um está longe do outro e nessas alturas passam a usufruir das novas tecnologias e sentir a presença bem de perto um do outro.
Juntos, sem a distância de distante memoria, a distância passa a ser maior ainda, de encontros entre nubentes que na mesma casa parece ser um sacrifício.
Desses tantos e entre tantas desculpas e suspiros o companheiro passa a ser amigo e ao mesmo tempo um vizinho, com a diferença de estar na mesma casa, comer da mesma comida embora um não cuide da roupa do outro.
O tempo vai passando, as conversas vão se diminuindo e se diluindo nesse turbilhão de incertezas do ser sem ser o que já foi e se calhar sem em algum momento ter sido mas com a certeza de jamais voltar a ser o que supostamente se acha um deles ter antes sido.
Amor de dúvida faz morada em moradia fraca ou se de fraca moradia que deve também ela ser motivo de distância, mais distante, ainda que cruzando olhares e corpos pelos mesmos corredores dessa pobreza de própria moradia de ambos os amores, nubentes e já sem saber até quando... Vizinhos...
Certeza certa mesmo é sentir que a mente se torna muito mais cansada que o corpo. 

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